quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Música do dia

Ibope aponta vitória de Dilma


O Ibope mostra que o refluxo da “onda vermelha” ocorreu apenas em áreas mais ricas do Sudeste e Sul do país: um corredor que começa em Porto Alegre, segue pelas serras gaúcha e catarinense, corta o Paraná de norte a sul, entra pelo interior paulista, passa pelos bairros ricos da capital, e chega ao vale do Paraíba.

No mapa nacional de intenção de voto do Ibope, Dilma Rousseff (PT) ganha, agora, em 82% das 255 áreas. Na consolidação anterior, a petista vencia em 86%. Aumentaram o número de empates técnicos (de 15 para 22) e as áreas onde José Serra (PSDB) é o mais votado: de 20 para 23.

O Ibope reúne nessas áreas municípios próximos ou, no caso das metrópoles, faz divisões internas, juntando bairros com perfil socioeconômico semelhante.

O mapa é uma consolidação de 27 pesquisas estaduais do instituto feitas ao longo de setembro, principalmente nos últimos 10 dias.



Pesquisa CNI/Ibope aponta vitória de Dilma


A pesquisa CNI/Ibope, divulgada hoje, indica na pesquisa estimulada que a candidata da coligação Para o Brasil seguir mudando, Dilma Rousseff, vencerá no primeiro turno, com 50% das intenções de voto. O tucano José Serra aparece com 27%.

Se computados apenas os votos válidos, a candidata tem 55%. “A eleição será definida no primeiro turno pela elevada aprovação do governo”, explica o diretor de Operações da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Lucchesi. Desde a última pesquisa realizada pela CNI, em junho, Dilma subiu 12 pontos, enquanto o candidato tucano caiu cinco.

Ainda mais expressiva foi a ascensão da candidata na pesquisa espontânea, na qual os entrevistadores não citam os nomes dos candidatos. Nesta modalidade, Dilma (44%) cresceu 22 pontos percentuais, e Serra (21%) apenas cinco.

Quase metade (48%) dos entrevistados afirma que “com certeza” votará em Dilma, enquanto somente 24% fala o mesmo sobre Serra. O levantamento também analisa um “cenário reduzido”, onde não são computados os votos dos candidatos de pequenos partidos. Neste recorte, Dilma (51%) cresceu 11 pontos, e Serra (27%) diminuiu oito.

A margem de erro é de dois pontos percentuais. O Ibope ouviu 3.010 pessoas, entre os dias 25 e 27, em 191 municípios.

MA: em 2° turno, Dino- PC do B tem vantagem sobre Roseana

Pesquisa Constat simulou 2° turno entre Roseana Sarney (PMDB), candidata à reeleição para o governo do Maranhão, e Flávio Dino (PC do B). Resultado: Dino, 43%; Roseana; 42%.

A margem de erro da pesquisa é de 2,5 pontos percentuais. Ou seja, Roseana pode ter de 39,5% a 44,5%. Dino vai de 40,5% a 45,5%. Apesar das possíveis oscilações, pela 1ª vez, Roseana aparece em desvantagem numérica.

Na simulação de 1° turno, no entanto, Roseana lidera com 39%. Dino tem 25%. Jackson Lago (PDT), 20%, e Marcos Silva (PSTU), 1%. Brancos, nulos e indecisos são 15%.

O percentual da candidata (39%) não garante vitória no 1° turno porque é inferior à soma dos percentuais de todos os outros candidatos (46%).

A sondagem foi feita de 23 a 26.set.2010 com 1.537 eleitores. Está registrada no TRE-MA com o n° 37025/2010.

Essa é a 1ª pesquisa Constat em 2010. Por conta de diferenças metodológicas, não se pode comparar pesquisas de institutos diferentes. Aqui, explicação sobre essas diferenças. Aqui, dados de outras pesquisas sobre a eleição no Maranhão.

Na semana passada, o Instituto Escutec indicou, pela 1ª vez, chance de haver 2° turno no Maranhão. Aqui, análise do Blog publicada em 22.set.2010. Fonte: Blog do Fernando Rodrigues

Música dia

Vox Populi desmente Datafolha e traz números interessantes

O Tracking Vox Populi veio bem diferente do Datafolha (o instituto dos donos do jornal Folha de São Paulo, o mais serrista do Brasil, se é que é possível).

No Vox Populi, Dilma continua onde inabalável com 49%.

Serra oscilou para cima ficando com 25% (tinha 24% ontem).

Marina oscilou para baixo ficando com 12% (tinha 13%).

Oscilação de 1 ponto não significa nada em termos estatísticos, mas não deixa de ser curioso Serra ter subido 1 ponto quando baixou o tom de ataque ao governo de Lula e Dilma, no debate da TV Record, e Marina caiu um ponto justamente após ter descido do muro da imagem de "terceira via", e feito oposição à Dilma e Lula no debate da TV Record.

Conclusões:

1) as aparências de quem vence os debates enganam;
2) O Datfolha é o DataSerra;
3) Dilma, Serra e Marina continuam na mesma faixa que sempre estiveram nas últimas semanas;
4) A vantagem de Dilma continua com folga para vencer no primeiro turno no Vox Populi;
5) Pesquisa é pesquisa, e eleição é eleição. Tanto faz se tem 30, 40, 50 ou 60% nas pesquisas, que é preciso agir como se tivesse com 30% precisando de conversar, argumentar, adesivar, panfletar, twittar com quem a gente possa, para que Dilma faça o equivalente a um terceiro mandato do presidente Lula, cada vez melhor.
Moto-taxistas entram no corpo a corpo da FPA


Apoio garantido! Os 300 moto-taxistas que participaram da reunião no Amazônia Rio eventos na noite desta segunda-feira (04), se comprometeram a entrar no corpo a corpo da campanha nesta reta final.


Os 300 braços levantados em apoio à candidatura de Perpétua Almeida deputada federal, Jorge Viana e Edvaldo Magalhães para as duas vagas do senado e Tião Viana para o governo do estado, mostram o reconhecimento unânime da categoria.


“Nossa obrigação é ajudar quem nos ajudou”, salientou o presidente do Sindmoto Pedro Moura.


A deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB), teve um papel fundamental na aprovação da regulamentação da profissão de moto-taxista, chegando a procurar pessoalmente o presidente do senado José Sarney (PMDB), para acelerar a votação do projeto.


Agora com a profissão reconhecida, os moto-taxistas têm direito a crédito. A regulamentação beneficiou de maneira real a economia do estado como um todo. As revendedoras de motocicletas que 8 anos atrás vendiam uma média de 5 motos por mês, atualmente vendem o dobro disso por dia. Isso significa mais dinheiro, circulando e gerando mais empregos, porque além de garantir o trabalho dos moto-taxistas que atualmente transportam entre 25 a 30 passageiros por dia, permitiu a contratação de mais trabalhadores nas revendedoras.


“Na hora do aperto sempre temos contado com esse grupo. Se não fosse a deputada Perpétua Almeida talvez em vez de moto-taxistas seríamos desempregados. Se não fosse o Edvaldo Magalhães ajudando o Jorge Viana e o Binho, não teriam sido feitas as melhorias que foram efetuadas nos últimos 12 anos. Por isso a partir de hoje (terça-feira), estaremos pedindo votos para eles e também para o Tião Viana e para a Dilma. Queremos ter um papel importante nesta eleição”, disse o moto-taxista Luis Gonçalves. (Assessoria)

domingo, 26 de setembro de 2010

A sete dias da eleição presidencial de 2010

Mistério,Confusão e amargura do poeta

Um dos mais duradouros silêncios da Música Popular Brasileira foi quebrado num fim de tarde de domingo no Clube da Aeronáutica, no Rio de Janeiro.

“Demorou uma eternidade”, mas Geraldo Vandré, o grande mudo da MPB, resolveu falar diante de uma câmera de TV.

Desde que voltou para o Brasil, no segundo semestre de 1973, depois de quatro anos e meio de exílio, Geraldo Vandré mergulhou num mutismo quase absoluto.

O compositor e cantor que entrara para a história da MPB dos anos sessenta como autor de canções como “Disparada” (em parceria de Théo de Barros) e “Pra Não Dizer que Não Falei de Flores”/Caminhando” , parecia ter se especializado em provocar espantos em série no público.


Primeiro espanto: numa declaração feita na volta do exílio, anunciou que, a partir dali, só queria fazer “canções de amor e paz”. O Jornal do Brasil registrou outras declarações de Vandré: “Eu desejo, em primeiro lugar, integrar-me à nova realidade brasileira. Isso é um processo que demanda paciência e tranquilidade de espírito – que espero encontrar aqui, nessa nova realidade”.

Segundo espanto: ao contrário do que se esperava, não houve novas canções de “amor e paz”. Vandré sumiu. Nada de shows, nada de entrevistas, nada de excursões. Nada, nada, nada. Recolheu-se a um país que parece ter um só habitante: o próprio Geraldo Vandré.

O Vandré pós-exílio não lembrava em nada o compositor que arrebatara o público no Festival Internacional da Canção de 1967. Entoados por Vandré diante de um Maracanãzinho superlotado, os versos de “Caminhando” ( “vem/vamos embora/que esperar não é saber/quem sabe faz a hora/não espera acontecer”) saíram daquele palco para entrar na história: viraram uma espécie de hino de protesto contra o regime militar. Sob uma vaia de fazer tremer as estruturas do ginásio, o júri deu o prêmio à “Sabiá”, a parceria de Chico Buarque com Tom Jobim. Mas o público foi seduzido pelo tom incendiário dos versos de “Caminhando”. Pouco depois, desabava sobre o país o Ato Institucional número 5 – que dava poderes absolutos aos militares. Vandré partiu para o exílio. A música “Caminhando” foi proibida.

Leia aqui a entrvista completa

Imagens que marcam

Trabalhadores as 7:00 horas da manhã começam a chegar para iniciar os trabalhos de conclusão da maior obra urbana da cidade de Tarauacá: A ponte sobre o Rio das tronqueiras

Música do dia

Emir Sader: Marina, queridinha da mídia

De jurásica, ecologista fundamentalista, que travava o desenvolvimento do país, Marina virou a nova queridinha da mídia – lugar deixado vago por Heloisa Helena. Mas o fenômeno é o mesmo: desespero da direita para chegar ao segundo turno e incapacidade de alavancar seu candidato.
Daí a promoção de uma candidata que, crêem eles, pode tirar votos da Dilma, para tentar fazer com que a derrota não seja tão acachapante, levando a disputa para o segundo turno e dando mais margem do denuncismo golpista de atuar.

Marina, por sua vez, para se prestar a esse papel, se descaracterizou totalmente, já não tem mais nada de candidata verde, alternativa. Não tem agenda própria, só reage, sempre com benevolência, às provocações da direita, seja sobre os sigilos bancários, a Casa Civil ou qualquer insinuação da direita.

Presta um desserviço fundamental à causa que supostamente representaria: é um triste fim do projeto de construir um projeto verde, uma alternativa ecológica, uma pauta fundada no equilíbrio ambiental para o Brasil. Tornou-se uma candidata vulgar, em que nem setores de esquerda descontentes com outras correntes conseguem se representar.

Uma vez mais uma tentativa de construir alternativa à esquerda deixa-se levar pelo oportunismo. Quantas vezes Marina denunciou o monopólio da mídia privada e seu papel assumido de partido político da oposição? Nenhuma. Quantas vezes afirmou que a imprensa é totalmente alinhada com uma linha radical de oposição, não deixando espaços para a informação minimamente objetiva e para o debate democrático da opinião pública? Nenhuma. Quantas vezes se alinhou claramente com a esquerda contra a direita? Nenhuma.

Nenhuma, porque já não está no campo da esquerda – e os aliados, incluídos os que fazem campanha par ao Serra, como Gabeira, entre outros, provam isso. Se situa em um nebuloso espaço da terceira via – refúgio do oportunismo, quando os grandes enfrentamentos polarizam entre direita e esquerda. Nenhuma, porque essa mesma imprensa golpista, monopolista, que a criticava tanto, agora lhe abre generosos espaços para desfilar seu rancor porque não foi a candidata do Lula e vê a Dilma ser promovida a continuadora do governo mais popular da história do país.

Esses 15 minutos de gloria serão sucedidos pela ostracismo, pela intranscendência. Depois de usada, sem resultados, pela direita, Marina voltará ao isolamento, o suposto projeto verde, depois de confirmado o amálgama eleitoreiro que o articulou, desaparecerá, deixando cadáveres políticos pelo caminho.

Fonte: Carta Maior

O desespero e as balas de tucanos


Blogueiros e comentaristas passaram o último mês discutindo qual seria e quando chegaria a tal “bala de prata” lançada pela candidatura de Serra, no gesto desesperado de levar a eleição para o segundo turno.

Não percebemos, mas ela talvez já tenha vindo. Não era uma só, eram várias as balas de prata que passaram zunindo em muitas direções. Fizeram algum efeito: travaram o crescimento de Dilma, e deram algum alento a Marina. Serra manteve-se praticamente estagnado, com cerca de 25% dos votos.

Podemos listar aqui as balas de prata que já foram lançadas, e seguem a fazer eco na sociedade brasileira:

- o terrorismo da palavra nas igrejas; é um discurso difuso, para o qual a campanha de Dilma parece não ter-se preparado; segue a fazer estragos, com ecos na internet, levando eleitores evangélicos e católicos conservadores – especialmente na classe média de grandes cidades - a abraçar a candidatura de Marina;

- a campanha difamatória na internet; conduzida diretamente pelos tucanos (no caso dos videos recém-lançados no youtube), ou por uma militância conservadora difusa (que há meses abastece a rede com e-mails absurdos e maldosos), essa campanha serve mais para dar argumentos a quem já era contra Dilma e o PT;

- o terrorismo midiático; essa é a bala de prata mais manjada, e a mais fácil de responder, até pelo aprendizado que ficou de eleições passadas; ainda assim, provoca algum estrago; calculo que nesse setor ainda há os últimos ricochetes a aparecer na semana derradeira antes de 3 de outubro; a última aposta (depois dos casos da Receita e de Erenice) é a história do “autoritarismo petista”, numa tentativa de fazer parte dos eleitores apostarem num segundo turno.

Parece-me que o efeito dessas balas vai-se sentindo aos poucos: elas atingem de forma diferente as várias camadas da população. A maior parte do público acompanha a eleição com distanciamento, e leva 3 a 4 dias para se inteirar de boatos que atingem os mais engajados em poucas horas.

O serrismo a essa altura depende dessa somatória de balas de prata para sangrar (ainda que timidamente) a candidatura de Dilma. E aposta todas as fichas em reforçar a imagem de Marina. Já disse aqui algumas vezes que, para Serra, basta tirar votos de Dilma, ainda que eles não se transfiram para o tucano.

No tracking de sábado, no VOX/IG/BAND, Dilma manteve os 50% (recuou 3 pontos ao longo da semana). Serra caiu para 23% e Marina cresceu para 11%. Mais um indício de que as balas de prata já vieram, e provocaram algum efeito. No entanto, o efeito parece não ser suficiente para mudar o quadro a ponto de forçar segundo turno. Serra precisaria subir para perto de 30%, e Marina para algo em torno de 15%.

Não há, a não ser pelo DataFolha (suspeito?), sinais de que esse movimento se confirmará.

A favor da tese de que a eleição já estaria liquidada, há ainda o quadro eleitoral nos Estados - cada vez mais favorável ao lulismo:

- Tarso (PT) avança no Sul (e o petista Paim parece ter recuperado força para ganhar uma vaga no Senado);

- no Rio, Cabral deve arrasar Gabeira, e Cesar Maia corre risco de ficar em quarto lugar na disputa pelo Senado;

- em Pernambuco e no Amazonas, Maciel (DEM) e Artur Virgilio (PSDB) caminham para derrotas historicas na disputa pelo Senado;

- até no Paraná, o quadro parece complicado para os tucanos, a ponto de Beto Richa (PSDB) travar na Justiça a divulgaçãoo de novas pesquisas que devem trazer Osmar Das (PDT) cada vez mais forte na disputa pelo governo do Estado; para o Senado, devem ser eleitos Requião (PMDB) e Gleisi (PT).

Ou seja, o bombardeio midiático e conservador na internet concentrou-se em Dilma, e descuidou-se das disputas estaduais – o que pode facilitar a vida do lulismo. Leia mais



sábado, 25 de setembro de 2010

MÚSICA DO DIA


SE VOCÊ GOSTA DE UM BOM BREGA, VÁ HOJE AO CLUB"CHEGA MAIS".VOCÊ VAI PODER SE DIVERTIR E DANÇAR COLADINHO NO RITIMO DO CANTOR EVALDO FREIRE.

Dilma lidera com folga em todas as pesquisas



Pesquisas: Por mais que 'marretem', Dilma continua sólida com folga

Um resumo das últimas pesquisas publicadas ontem e hoje, mostra que as variações de cada candidato estão dentro da margem de erro (e estes números estão se mantendo nas últimas semanas, com pequenas variações).

O Datafolha é quem mais "caprichou" nas margens de erro, todas para o "lado certo", que interessa à Serra.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Filme “Lula” vai representar o Brasil em disputa por vaga ao Oscar


O filme “Lula, o Filho do Brasil”, de Fábio Barreto, foi o escolhido nesta quinta-feira por uma comissão de especialistas para representar o Brasil na disputa por uma vaga ao Oscar de melhor estrangeiro em 2011. O longa foi eleito por unanimidade.

A Academia divulga a lista dos finalistas no dia 25 de janeiro. A cerimônia de premiação acontece no dia 27 de fevereiro, em Los Angeles.

A comissão que escolheu o filme foi formada por representantes do MinC, da Secretaria do Audiovisual, da Agência Nacional de Cinema e da Academia Brasileira de Cinema.

Roberto Farias, presidente da Academia Brasileira de Cinema, disse à Folha que o corpo de jurados escolheu o filme por unanimidade e que a definição levou em conta o fato de Lula ser uma figura conhecida internacionalmente. “Talvez seja o nosso maior astro”, disse.

Ele se defende de críticas de que esta foi uma escolha política. “A nossa posição não tem nada a ver com as eleições. É uma coincidência ter escolhido esse filme num ano de eleição”, afirma.

Para Newton Cannito, secretário do Audiovisual, a escolha foi uma questão estratégica. “É o filme que tem mais chance de ganhar esse prêmio. Não é o melhor nem o mais popular”, explica.

Foram o júri Cássio Henrique Starling Carlos, Clélia Bessa, Elisa Tolomelli, Frederico Hermann Barbosa Maia, Jean Claude Bernardet, Leon Cakoff, Márcia Lellis de Souza Amaral, Mariza Leão Salles de Rezende e Roberto Farias.

Concorriam os filmes “As Melhores Coisas do Mundo”, “A Suprema Felicidade”, “Antes que o Mundo Acabe”, “Bróder”, “Carregadoras de Sonhos”, “Cabeça a Prêmio”, “Cinco Vezes Favela, Agora Por Nós Mesmos”, “Chico Xavier”, “É Proibido Fumar”, “Em Teu Nome”, “Hotel Atlântico”, “Nosso Lar”, “Olhos Azuis”, “Ouro Negro”, “O Bem Amado”, “O Grão”, “Os Inquilinos”, “Os Famosos e os Duendes da Morte”, “Quincas Berro D’Água”, “Reflexões de um Liquidificador”, “Sonhos Roubados” e “Utopia e Barbárie”.

Confira o trailer do filme:

o
A MIDIA COMERCIAL EM GUERRA CONTRA LULA E DILMA


Leonardo Boff*

Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o “silêncio obsequioso” pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o “Brasil Nunca Mais” onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.

Esta história de vida, me avaliza fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a midia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de idéias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa.

Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.

Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando vêem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como “famiglia” mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública.

São os donos do Estado de São Paulo, da Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja, em que se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e chulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico, assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um Presidente que vem deste povo. Mais que informar e fornecer material para a discussão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.

Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos, editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido à mais alta autoridade do país, ao Presidente Lula. Nele vêem apenas um peão a ser tratado com o chicote da palavra que humilha.

Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica produzindo.

Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma) “a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada, antiprogresssita, antinacional e não contemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo, Jeca Tatu, negou seus direitos, arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação, conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que contiua achando que lhe pertence (p.16)”.

Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles têm pavor do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascendente como Lula.

Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o Presidene de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável.

Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados de onde vem Lula e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coroneis e de “fazedores de cabeça” do povo.

Quando Lula afirmou que “a opinião pública somos nós”, frase tão distorcida por essa midia raivosa, quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da midia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à ditadura da palavra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes de informação e de opinião.

O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma revolução conceitual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de brasileiros.

De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa se fizeram classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola, a ganhar mais salário, a melhorar de vida, enfim.

Outro conceito inovador foi o desenvolvimento com inclusão social e distribuição de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já beneficiados à custa das massas destituidas e com salários de fome.

Agora ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas importa reconhecer que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção dos mais marginalizados.

O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que assiste, assustada, o fortalecimento da soberania popular que se torna crítica, não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática do Brasil.

Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela Veja faz questão de não ver, protagonista de mudanças sociais, não somente com referência à terra, mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de produção.

O que está em jogo neste enfrentamento entre a midia comercial e Lula/Dilma é a questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocoloncial, neoglobalizado e no fundo, retrógrado e velhista? Ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos, antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes?

Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a despeito das má vontade deste setor endurecido da midia comercial e empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construido com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.

*Teólogo, filósofo, escritor e representante da Iniciativa Internacional da Carta da Terra.

Petrobras capta R$ 120 bi e vira segunda maior petroleira do mundo

A Petrobras arrecadou R$ 120,36 bilhões em sua mega oferta de ações, a maior já realizada no mundo.

É de longe a maior operação do tipo já realizada, ultrapassando a emissão da empresa de telecomunicações japonesa NTT, que movimentou 36,8 bilhões de dólares em 1987 e até agora era considerada a maior oferta de ações do mundo.

Garantiu os recursos para a exploração do pré-sal.

A União (o povo brasileiro) que era dona de 34% da empresa, passa a ser dona de aproximadamente 50%.

Surpreendeu a entrada de pequenos investidores (estima-se 400 mil conforme dados provisórios), incluindo os que puderam utilizar recursos do FGTS.

A empresa assumiu um lugar central no mercado financeiro global. Atraiu forte interesse de investidores de diversos lugares, incluindo fundos soberanos de países na Ásia e no Oriente Médio, segundo uma fonte. A demanda total na operação chegou a 140 bilhões de dólares.

Com valor de mercado alçado para US$ 270 bilhões, a estatal brasileira passa a ser a segunda maior petroleira do mundo, atrás apenas da americana Exxon (US$ US$ 313 bilhões) e à frente da Petro China (US$ 266 bilhões).

Com os grandes campos no pré-sal, analistas consideram que o total de reservas provadas da Petrobras poderá em breve alcançar ou mesmo ultrapassar as da norte-americana Exxon Mobil, a maior petroleira listada em bolsa, com 23 bilhões de barris em reservas provadas.

A Petrobras prepara um grande evento na Bovespa nesta sexta-feira para marcar a capitalização, com a presença do presidente Lula.

Lembrete: ontem, no debate entre os presidenciáveis da CNBB, José Serra (PSDB) não entendeu o país em que vive, e disse que o pré-sal "é coisa para daqui a 10 anos". (Com informações da Reuters)


quinta-feira, 23 de setembro de 2010

MÚSICA DO DIA

Renato Rabelo: Léguas a percorrer e tarefas a cumprir

O clima de ódio fomentado pela oposição conservadora comandada por José Serra com os tucanos e “demos” tem que ser combatido com a luta de todos os setores progressistas e democráticos. Nos próximos dias, iremos enfrentar mais baixarias, denúncias de todo o tipo, crises fabricadas. E os alvos desta elite golpista serão as conquistas que obtivemos com os dois mandatos de Lula e também a postura séria e responsável dos candidatos comunistas em todo o país.

Por Renato Rabelo*, em seu blog

O crescimento da candidatura de Flávio Dino (65) no Maranhão ameaça o atraso em um dos estados mais carentes do país. Flávio Dino já enfrentou toda sorte de ameaças e aleivosias, mas segue forte ampliando seu apoio rumo ao segundo turno. Nossos candidatos ao Senado também estão construindo campanhas vigorosas no Amazonas, com Vanessa Grazziotin (656); Netinho de Paula (650) em São Paulo; Edvaldo Magalhães (651) no Acre; Eduardo Bomfim (654) em Alagoas; Astalayr (651) no Amapá; Prof. Adonilson (651) no Maranhão; Zito Vieira (650) em Minas Gerais, Sávio (651) no Rio Grande do Norte; Ghizoni (650) em Santa Catarina e Abgail Pereira (651) no Rio Grande do Sul.

Mas nestes últimos dias, temos que redobrar nossos esforços, superar a baixaria e o clima de ódio e conquistar uma vitória histórica elegendo Dilma Rousseff e nossos companheiros ao governo do Maranhão, ao Senado, à Câmara dos Deputados e às assembleias legislativas. O Brasil vai continuar crescendo e avançando, mas isso depende da nossa disposição de transformar os dias que restam nos mais importantes de toda a campanha.

Enquanto, isso a grande imprensa esconde a realidade

Não poderia ser mais desmoralizante para a oposição e seu principal partido político, a imprensa. Acabou de ser divulgada pelo IBGE mais uma série estatística demonstrando que o desemprego atingiu seu piso mais baixo desde 2002 ficando na casa dos 6,7% no mês de agosto último. O menor resultado antes desse havia sido registrado em dezembro de 2009, com taxa de 6,8%. Em agosto, a população desocupada ficou em 1,6 milhão, o mesmo resultado do mês anterior.

Porém, comparando com o mesmo período do ano passado, teve redução de 15,3%, que corresponde a cerca de 289 mil pessoas. Ou seja, comparando com o momento de pico da crise financeira, o Brasil – na contramão do que acontecia no mundo desenvolvido – gerou empregos e garantiu que nosso país não repetisse as expectativas das conjunturas do governo FHC; momento aquele que, em oito anos, o Brasil quebrou três vezes.

Mais desmoralização para eles: o salário médio dos trabalhadores em agosto teve alta de 1,4%, ficando em R$ 1.472,10, em comparação com o mês anterior. Já em relação ao mesmo período do ano passado, o aumento foi de 5,5%. Acima da inflação, diga-se de passagem. Desse tipo de comparação (renda e emprego entre FHC e Lula), os golpistas de plantão simplesmente esquecem e tentam borrar diferenças entre o governo Lula e o de Fernando Henrique. Acham que o povo não tem consciência. Vamos lutar para dar a resposta que a oposição merece.


*presidente nacional do PCdoB
Dilma 51 x 24 Serra.

PESQUISA da Vox Populi do dia de hoje mostra absoluta estabilidade: Dilma tem mais do que o dobro das intenções de voto do Zé Baixaria.

Hoje, 23º dia de divulgação do tracking da Vox Populi, não mudou nada: Dilma 51%, Zé Baixaria 24%.

A pesquisa da Vox Populi propriamente, divulgada no jornal da Band, diz a mesma coisa: 51% a 24%.

Ou seja, o Golpe do PiG (**) não deu em nada.

Esse resultado demonstra que o Datafalha divulgado ontem no jornal nacional deve ter sido resultado de uma administração da margem de erro.
Charge do dia

Lula e a midia golpista

Lula anuncia maior capitalização da história e se diz socialista

O presidente Lula não poupou ataques a mídia golpista durante comício de campanha da candidata Dilma no último sábado (18), em Capinas (SP). Além das críticas, o presidente anunciou que nesta sexta-feira (24) irá à Bolsa de Valores bater o martelo na maior capitalização da história do capitalismo, a da Petrobras. Emocione-se com a declaração do presidente e ajude a espalhar a notícia.


Aula magna de golpismo

Ontem

Entenda o que é o Partido da Imprensa Golpista (PIG) – Vídeo produzido com trechos de editoriais de jornais brasileiros logo após o golpe militar de 1º de abril de 1964 mostra de que lado estiveram os grandes veículos.

Hoje

Para tentar empedir vitória de Dilma, Serra manda produzir video maligno
Emir Sader: O que representa derrotar a direita





A direita tinha sido vitoriosa ao longo da história brasileira, desde 1964. Nesse momento interrompeu um governo que democratizava o país do ponto de vista econômico, social e político, incentivava a consciência nacional e a identidade cultural brasileira, para instaurar uma ditadura militar, que promoveu o maior processo de concentração de renda que o Brasil já tinha conhecido.

na Carta Maior, via Vermelho

Esgotada a ditadura, a direita conseguiu limitar os alcances da democratização, que reinstaurou um regime político liberal, mas sem afetar os pilares das relações de poder no Brasil: não foi democratizada a posse da terra, o poder dos bancos, das grandes corporações, da mídia. Esgotado também o impulso democratizador, durante o governo Sarney, foi implementado o modelo neoliberal, primeiro com Collor e depois, diante da queda deste, no governo Itamar, com FHC. Nova e grande vitória da direita, ainda mais que conseguiu que algum proveniente da oposição à ditadura se responsabilizasse por impor esse modelo – que caracteriza a direita no mundo contemporâneo.

O triunfo de Lula, caso este tivesse sido cooptado e mantido o modelo herdado de FHC, teria sido também outra vitória, indireta, com a mão do gato, para a direita. Se a versão da ultra esquerda tivesse sido certa, o Lula teria revigorado o neoliberalismo, dando-lhe umas mãos de cal de políticas assistencialistas e controlando o movimento popular. Teria sido o melhor administrador do neoliberalismo.

Mas a realidade não foi essa. O modelo foi readequado, o Estado retomou sua função de indutor do crescimento econômico, que foi recolocado em pauta, depois de ter sido abolido pelo governo FHC. Instaurou-se ao longo do mandato do Lula um modelo de desenvolvimento econômico e sócia, alterando, pela primeira na história brasileira, a desigualdade social – e de forma significativa.

A política externa assumiu a soberania nacional como principio fundamental, deslocou o eixo das alianças do norte para o Sul do mundo, privilegiando em particular os processos de integração regional e contribuindo para a construção de um mundo multipolar.

A direita conseguiu sobreviver com o governo Lula, seus interesses não foram profundamente afetados, mas perderam o manejo direto do Estado, das estatais, a promiscuidade com a presidência e viram, ao contrário dos seus gostos, o Estado utilizar recursos para políticas sociais, desenvolver relações de fraternidade política com países vizinhos, limitar o espaço do mercado, amplamente estendido na década anterior.

A direita econômica prefere o Serra, mas sem o extremismo da direita política. De qualquer forma, ambas serão derrotadas com a vitória da Dilma e de um projeto nacional, de uma sociedade de inclusão, de um governo para todos. Estavam acostumados a se valer do Estado a seu bel prazer para seus próprios interesses.

A direita partidária e midiática – hoje confundida – é a maior derrotada. Perdeu capacidade de influência, sai com os seus partidos e seus órgãos da imprensa reduzidos à sua mínima expressão. Ainda mais que, os órgãos da mídia, depois do ano de Copa do Mundo e de eleições e da nova crise de legitimidade destas eleições, depois da descida para a metade da tiragem em uma década, devem ter outra queda grave, com a conseqüente crise financeira.

Os partidos opositores sofrerão uma grande crise de identidade, devendo se diferenciar entre os negociadores – tipo Aécio – e os extremistas, como o DEM e políticos remanescentes como Tasso Jereissatti, deslocados pela derrota e pelo sucesso do governo Lula.

Sofrem este ano a maior derrota política em décadas, com perspectiva de um lento e prolongado processo de recomposição, que ainda não parece delinear o perfil novo que venham a assumir.
Meio milhão de índios são chamados a votar em três de outubro

Meio milhão de índios no Brasil são eleitores. O número exato de títulos emitidos para indígenas é desconhecido. Mas, mesmo não sendo obrigados a votar, eles participam cada vez mais das decisões políticas do país. Veja a reportagem da TV Senado e entenda quais são as principais reivindicações indígenas nestas eleições.

Operação “Eleições Livres” indicia Antônia Lúcia e mais 6 por crime eleitoral



A Polícia Federal no Acre indiciou ontem a empresária Antônia Lúcia Câmara, candidata a deputada federal pelo PSC, pela movimentação ilegal dos R$ 472 mil apreendidos dentro de uma caixa de papelão no início do mês. De acordo com o inqué-rito, o dinheiro tinha como origem Manaus e não a cidade amazonense de Boca do Acre, como alegara ela.

É na Capital do Amazonas onde está a sede da empresa da família Câmara, a rede de comunicações Boas Novas. Para a Polícia Federal, houve uso de dinheiro da empresa para a campanha política de Antônia Lúcia. Outro crime praticado foi o uso de dois funcionários das Boas Novas para trabalhar na campanha de Antônia Lúcia.


Esta é uma prática vetada pela Lei Eleitoral em seu artigo 350. Além da candidata, a PF indiciou outras seis pes-soas. O indiciamento fez parte da Operação “Eleições Livres”, que também resultou no cumprimento de 34 mandatos de busca e apreensão. Entre os indiciados estão dois candidatos a deputado estadual.


A polícia não divulgou os nomes. Os mandatos foram executados em Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Xapuri e na cidade amazonense de Guajará. Após colher a defesa dos sete indiciados, a PF os liberou. O inquérito da Operação Eleições Livres será enviado ao Ministério Público Eleitoral. Se aceito, pode resultar no pedido de cassação das candidaturas.


Entre outros crimes apontados pelas investigações está a distribuição de dentaduras, motores e gasolina. Este último é o resultado da ação da PF, que flagrou o rateamento de combustíveis no dia 28 de agosto, que serviria para a carreata em apóio a Antônia Lúcia.


Com um dos acusados foi apreendida lista com o nome de 2.200 eleitores. A operação também detectou falsas declarações de bens dos candidatos à Justiça Eleitoral. A PF acusa os indiciados de dificultar as investigações com a destruição de provas e intimidação a testemunhas, além da falsificação de documentos.

Eleitoral

-Destruição de provas e indução de testemunhas a mentir em depoimento, para se furtar da ação de interesse público;

-Falsificação de documentos;

-Uso de bem público em campanha eleitoral e formação de quadrilha para prática de tais ilícitos. Essas condutas são descritas nos artigos 342, 347, 299, 312 (c/c 29) e 288 do Código Penal

A Polícia Federal colheu o depoimento dos candidatos e demais envolvidos para subsidiar os Inquéritos Policiais e registrar a defesa dos mesmos. Após o indiciamento todos foram liberados e os Inquéritos serão apresentados ao Ministério Público Eleitoral a fim de que intente ações penais e eleitorais pertinentes.

Durante a Operação Eleições Livres foram apreendidos motores com rabeta, bicicletas, motos, computadores, blocos de notas de consumo em postos de combustível, supermercados e construtoras. (Ascom/PF-AC)
Moradores de Rio Branco recebem Tião, Jorge e Edvaldo com sorrisos e abraços fraternos




Depois de uma série de reuniões com os candidatos e dirigentes dos 14 partidos que integram a Frente Popular, Tião Viana e seus dois candidatos ao Senado, Edvaldo Magalhães e Jorge Viana, estão ainda mais animados para andar pelos bairros da Capital. Faltando apenas dez dias para a eleição, Tião, Edvaldo e Jorge vão de casa em casa para pedir votos para eles, para os candidatos a deputado estadual e federal e para Dilma Rousseff presidente.

Nos últimos dois dias, os candidatos da Frente fizeram longas caminhadas pelos bairros João Eduardo, Novo Horizonte, Chico Mendes, Eldorado e Vitória. Em todas as ruas, os moradores saem de suas casas para receber os candidatos da Frente com sorrisos, abraços calorosos, saudações afetuosas e conselhos sobre como conduzir a campanha apesar das agressões promovidas pelos adversários.


Ainda na terça-feira, junto com o prefeito Raimundo Angelim, Tião Viana reuniu-se com líderes comunitários da Baixada da Habitasa na casa de Maria Augusta de Souza Nascimento: “passei boa parte da minha infância neste bairro e, desde que estou na vida pública, sempre sonhei com esse bairro urbanizado e com moradias dignas para todos”, disse.


Ontem pela manhã, Tião, Edvaldo e Jorge visitaram uma fábrica de processamento de couro de boi na BR-364 e conversaram com seus 130 funcionários. “Nós temos o melhor couro do Brasil”, disse Tião Viana, que tem o objetivo de atrair indústrias que compram o produto, como a de calçados, para se instalar no Acre. (Assessoria)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Música do dia

É possível derrotar a pobreza sob o capitalismo?



As pessoas mais realistas acompanharam o estabelecimento pela Organização das Nações Unidas, em 2000, das chamadas Metas do Milênio, para combater a pobreza e a fome no mundo até 2015, com uma pergunta: este é um objetivo viável sob o domínio do sistema capitalista?

A cúpula sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio iniciada ontem (20) na sede da ONU, em Nova York, com a presença de representantes de 140 países, é parte da resposta àquela pergunta. Faltam cinco anos para o cumprimento daquele prazo; neste período o mundo assistiu ao auge da hegemonia neoliberal e também ao início de sua derrocada com a grave crise econômica que, com epicentro nos EUA, varreu o mundo e arrasou algumas economias, principalmente as mais ricas e desenvolvidas.

É nesse contexto que o secretário geral da ONU, Ban Ki Moon apresentou um balanço sóbrio, para dizer o mínimo, do cumprimento daquelas metas. Ressaltando que parte do compromisso está sendo cumprido (a luta contra a pobreza) ele lamentou a dificuldade para alcançar os demais (acesso à educação, igualdade de gêneros, a melhoria dos serviços básicos de saúde, luta contra doenças como a Aids e a malária, elevação da qualidade de vida e o respeito ao meio ambiente). Investindo contra a falta de empenho dos países ricos, afirmou que será necessário um financiamento que ultrapassa 100 bilhões de dólares para que as metas sejam cumpridas no prazo.

Mas não vai dar - é o que se depreende da posição de governantes como a alemã Angela Merkel, que foi clara em seu discurso: as metas não serão atingidas, disse ela. O problema, afirmou, não é o dinheiro, mas o que fazer com ele. Enquanto o primeiro ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, repetia as palavras de sua colega alemã, o representante do governo dos EUA dizia que o presidente Obama não deve fazer doações para completar o volume de recursos necessários.

No outro extremo, Evo Morales, presidente de um dos países mais pobres do planeta, a Bolívia, foi ao ponto: o fim da pobreza só é possível com a mudança do sistema político e econômico. “Se não mudam as condições nunca poderemos superar a pobreza”, disse, criticando a voracidade dos países ricos em se apropriar dos recursos naturais dos países em desenvolvimento e exigindo o cumprimento do compromisso daqueles países destinarem 0,7% do PIB para implementar aquelas metas. “Não se trata de dar um presente, mas isto é parte da dívida que têm” com os demais países, disse.

O estabelecimento de metas tão ambiciosas quanto aquelas adotadas há uma década ajuda a entender a dinâmica do sistema hegemônico no mundo, o capitalismo, suas limitações e também as ilusões daqueles que as formulam.

O capitalismo é hegemônico há uns três séculos; há cem anos, o imperialismo emergiu e passou a conduzir a expansão planetária desse sistema; há dez anos, o neoliberalismo, carranca mais selvagem e agressiva do domínio do dinheiro, parecia imbatível. Esse desenvolvimento deixou um rastro de pilhagem dos povos, miséria crescente e desorganização da vida em quase todo o planeta. O domínio capitalista aprofundou as desigualdades e a miséria no mundo, sendo a causa e o fator do aumento da pobreza; hoje, em cada grupo de seis seres humanos, um passa fome (925 milhões, segundo a ONU) justamente porque a expansão da produção voltada para o mercado e para a remuneração do capital destruiu suas formas tradicionais de vida. Este é o papel histórico do capitalismo - superar formas rotineiras de produzir e aumentar a produtividade. Mas o passo seguinte só será possível com sua superação e o início de uma nova forma, superior, de organização da vida, da produção e da distribuição da riqueza.

Entretanto, esse patamar civilizatório mais avançado da humanidade não será alcançado nos salões badalados de cidades como Nova York, mas no duro combate dos povos e dos trabalhadores por seus direitos, em busca de uma nova ordem econômica e política que derrote o sistema imperialista e assegure as condições para uma vida digna para todos.
Fonte: Portal vermelho
O Globo e o ato contra o golpe midiático



Por Altamiro Borges

O ato “contra o golpismo midiático e em defesa da democracia”, que ocorrerá nesta quinta-feira, dia 23, às 19 horas, na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, parece que incomodou o poderoso monopólio da família Marinho. O site do jornal O Globo deu manchete: “Após ataques de Lula, MST e centrais sindicais se juntam contra a imprensa”. Já o jornal impresso publicou a matéria “centrais fazem ato contra a imprensa”. Como se nota, o império global sentiu o tranco!

Diante desta reação amedrontada, é preciso prestar alguns esclarecimentos. Em primeiro lugar, o ato do dia 23 não está sendo convocado pelas centrais sindicais, MST ou partidos. Ele é organizado pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, entidade fundada em 14 de maio último, que reúne em seu conselho consultivo 54 jornalistas, blogueiros, acadêmicos, veículos progressistas e movimentos sociais ligados à luta pela democratização da comunicação. A entidade é ampla e plural, e tem todo o direito de questionar as baixarias da mídia golpista.

As mentiras sobre o protesto

As manchetes e a “reporcagem” do jornal O Globo tentam confundir os leitores. Insinuam que o protesto é “chapa-branca” e serve aos intentos do presidente Lula, que “acusa a imprensa de agir como partido político”. A matéria sequer menciona o Centro de Estudos Barão de Itararé e tenta transmitir a idéia de que o ato é articulado pelo PT, “siglas aliadas”, MST e centrais. A repórter Leila Suwwan, autora do texto editorializado, cometeu grave erro, que fere a ética jornalística.

Em segundo lugar, é preciso explicitar os verdadeiros objetivos do protesto. Ele não é “contra a imprensa”, como afirma O Globo, jornal conhecido por suas técnicas grosseiras de manipulação. É contra o “golpismo midiático”, contra a onda denuncista que desrespeita a Constituição – que fixa a “presunção da inocência” – e insiste na “presunção da culpa” que destrói reputações e não segue os padrões mínimos do rigor jornalístico – até quem saiu da cadeia é usado como “fonte”.

Falso defensor da liberdade de imprensa

O Globo insiste em se travestir como defensor da “liberdade de imprensa”. Mas este império não tem moral para falar em democracia. Ele clamou pelo golpe de 1964, construiu o seu monopólio com as benesses da ditadura e tem a sua história manchada pelo piores episódios da história do país – como quando escondeu a campanha das Diretas-Já, fabricou a candidatura do “caçador de marajás”, defendeu o modelo destrutivo do neoliberalismo ou criminaliza os movimentos sociais.

Quem defende a verdadeira liberdade de expressão, contrapondo-se à ditadura midiática, estará presente ao ato desta quinta-feira. Seu objetivo é dar um basta ao golpismo da mídia, defender a soberania do voto popular e a democracia. Ele não é contra a imprensa, mas contra as distorções grosseiras dos donos da mídia. Não proporá qualquer tipo de censura, mas servirá para denunciar as manipulações dos impérios midiáticos, inclusive dos que são concessionárias públicas.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Música do dia

Tião viana, Tijolinho e Bocalon fazem debate na TV


Foram quase duas horas de debate. No primeiro bloco, os candidatos responderam perguntas do mediador. Nos dois blocos seguintes, Antônio Gouveia, Tião Bocalom e Tião Viana fizeram perguntas entre si, sobre diversos temas.

O quarto bloco foi dedicado às considerações finais dos candidatos. Antônio Gouveia destacou a importância do debate para o processo democrático. “Quero agradecer a oportunidade de discutir e apresentar propostas. Estou satisfeito com o resultado e peço votos dos acreanos”, afirmou.

Tião Bocalom lembrou que, nos últimos anos, o Acre vem sendo governado pelo mesmo grupo e defendeu a alternância de poder. “Precisamos mudar. Sou candidato do povo. Estou à disposição da minha população para ajudar no desenvolvimento do Acre. Peço a confiança do povo acreano”, disse.

Já Tião Viana, que, durante o debate, por várias vezes citou o nome de Edvaldo Magalhães e Jorge Viana, lembrando a importância da união para o desenvolvimento do Acre, ressaltou a importância do debate para o processo democrático.

“Estou muito feliz pela oportunidade de apresentar nossas propostas para a população do Acre. Cito a frase de madre Tereza de Calcutá, que dizia: ‘Precisamos enxergar Cristo no rosto dos mais sofridos’. Espero que nosso povo continue tendo esperança”, destacou.

Os candidatos fizeram questão de parabenizar o esforço dos profissionais da TV Gazeta e do Site Agazeta.net na realização do debate.
Fonte:

Agazeta.net
Vox Populi aponta Dilma com vantagem de 30 pontos


A menos de duas semanas das eleições, a candidata à Presidência, Dilma Rousseff (PT), abriu 30 pontos de diferença em relação a José Serra (PSDB) no tracking Vox Populi/Band/iG. A ex-ministra da Casa Civil segue com 53% das intenções de voto, de acordo com o levantamento divulgado nesta segunda-feira. Já o tucano soma 23%, um ponto a menos que na medição anterior. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.

O número de eleitores que ainda se dizem indecisos ou não responderam em quem pretendem votar é de 10%. Brancos e nulos seguem com 4%. Outros candidatos, juntos, somam 1% das intenções de voto.

Na pesquisa espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados ao eleitor, Dilma é também a candidata mais lembrada: 45%, contra 19% de José Serra e 7% de Marina. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é ainda lembrado por 2% dos eleitores.

A cada dia, o Instituto Vox Populi realiza 500 novas entrevistas presenciais em todas as regiões do País, numa amostra consolidada com 2.000 pessoas. O levantamento foi registrado junto ao TSE sob o nº 27.428/10.

Fonte: portal iG.

domingo, 19 de setembro de 2010

Rebeldia e poesia

Deputado Michel Temer desmente petecão

Em documento encaminhado à deputada federal Perpétua Almeida na sexta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados e candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff, deputado federal Michel Temer (PMDB) negou ter feito qualquer gravação de apoio à candidatura de Sérgio Petecão ao Senado nas eleições deste ano.

A gravação usada por Sérgio Petecão no horário eleitoral gratuito da semana passada foi uma tentativa de atrelar à sua candidatura, o apoio do candidato a vice-presidente de Dilma Rousseff. O depoimento de Temer em favor do candidato da Coligação Produzir para Empregar foi gravado em 2008 e tratava-se, segundo Temer, de apoio nas eleições municipais, jamais da disputa ao Senado.


“Declaro não ter autorizado, como não autorizo, o uso atual de minha imagem e voz, em gravações realizadas há dois anos, na campanha do candidato ao Senado Sérgio Petecão”, diz Temer no documento.


O candidato a vice-presidente de Dilma Rousseff prossegue afirmando: “esclareço que quaisquer mensagens de apoio por mim gravadas tinham como objetivo a campanha de Petecão à Prefeitura de Rio Branco, nas eleições municipais de 2008, e desautorizo o seu uso para a disputa eleitoral de 2010”. Ao final do documento, Temer reafirma seu compromisso com a campanha de Dilma Rousseff e a Coligação Para o Brasil Seguir

Música do dia

sábado, 18 de setembro de 2010

Aécio não quer mais ser tucano

Não é por estar envolvido de corpo e alma na campanha para eleger seu substituto, Antonio Anastasia, ao governo de Minas Gerais, e muito menos por distração política, que Aécio Neves deixou de se manifestar sobre as recentes denúncias, encampadas por José Serra, para tentar desestabilizar Dilma Rousseff. É um silêncio significativo. Expressivo como um risco de giz. A metáfora, possível de ser imaginada, que separa o território de atuação da oposição mineira e da oposição paulista. Ambas adversárias do governo Lula. Só que a primeira é democrática e a segunda é golpista.

As duas convivem, no PSDB, por um tempo longo demais, considerando as divergências políticas que emergiram mais claramente quando os paulistas cortaram as asas de Aécio pretendente à candidatura à Presidência pelo partido. Foi a gota d’água para um tucano disposto a voar. José Serra, ainda governador, bloqueou as prévias internas que Aécio propunha e forçou o mineiro a abrir espaço para mais uma candidatura paulista. Aos 68 anos, Serra não tem mais tempo para esperar, porque, conforme anunciou no palanque que a revista Veja lhe ofereceu, preparou-se a vida inteira para ser presidente. E, tudo indica, fracassou. Leia mais aqui
O carro triste de Serra


Serra, em Sergipe, ao lado de João Alves (de camisa amarela); mais tarde, Serra recoreria a Alves para calar um orador “inconveniente” em um palanque em Itabaiana. Foto publicada no Amigos do Presidente Lula.

O orador acusou Albano Franco, aliado de Serra no estado, de votar em Dilma Rousseff.
"Onda vermelha" pode varrer a oposição golpista do Senado



Três vezes prefeito da capital fluminense e até então favorito para uma das vagas do Rio no Senado, Cesar Maia (DEM) foi ultrapassado pelo ex-prefeito de Nova Iguaçu Lindberg Farias (PT). Um dos líderes da tropa de choque oposicionista no Senado, Arthur Virgílio (PSDB-AM) amarga agora o terceiro lugar na briga por um dos postos amazonenses na Casa.
Ex-vice do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), Marco Maciel (DEM-PE) namora a terceira colocação. Um dos mais duros opositores do governo federal, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) está em quarto lugar. Embora de estados distantes entre si, os quatro enfrentam o mesmo adversário: a “onda vermelha” liderada pela coligação da candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência.

"Há uma convergência de fatores contra a oposição: a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a estabilidade macroeconômica, a ampla coalizão política de apoio a Dilma e palanques fortes nos estados", explicou o presidente do Instituto Brasileiro de Pesquisa Social (IBPS), cientista político Geraldo Tadeu Monteiro.

Maia, que começou a disputa dividindo a liderança com Marcelo Crivella (PRB), agora luta para não cair para o quarto lugar. A disputa começou com pelo menos quatro candidatos fortes: além do ex-prefeito da capital e de Lindberg — que se elegera duas vezes prefeito na Baixada Fluminense —, brigam pela eleição o presidente licenciado da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani (PMDB), e o próprio Crivella, bispo da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), forte entres os evangélicos.

O petista e o peemedebista têm uma vantagem: integram a coligação local, liderada pelo governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), cujos índices de intenção de voto beiram 60%. Crivella tem apoio de Lula, mas não tem aliança, perdendo tempo de TV e volume de campanha de rua. E Maia apoia o candidato a governador Fernando Gabeira (PV), que não chega a 20%.

"A eleição para o Senado é casada", disse Monteiro. "Um bom candidato a governador ou a presidente puxa para cima o candidato a senador." Na última pesquisa Datafolha, Maia ficou com 29%, contra 40% para Crivella e 36% para o petista. Picciani apareceu com 22%.

Vermelhos e azuis

No Amazonas, Arthur Virgílio perdeu o segundo lugar na disputa pelo Senado para Vanessa Grazziotin (PCdoB), segundo pesquisa Ibope divulgada na segunda-feira. Vanessa chegou a 39%, contra 34% do tucano, em um quadro de empate técnico — a liderança é do ex-governador Eduardo Braga, com 80%.

Na tentativa de sobreviver, Virgílio já disse querer o voto de "vermelhos e azuis" e tentou se descolar do presidenciável de seu partido, José Serra. Não adiantou muito: adversários lembraram o episódio em que, há cinco anos, em meio a escândalos que atingiam o governo federal, o senador, conhecido por suas declarações inusitadas, ameaçou “dar uma surra” no presidente Lula, muito popular no estado.

Mais discreto, o senador Marco Maciel, com uma eleição tranquila em 2002 em Pernambuco, agora vê que é concreta a ameaça de não se reeleger. Maciel largou na frente, mas foi ultrapassado nas pesquisas pelo petista Humberto Costa, que, de acordo com o último Datafolha, tem 44%. Maciel tem 32% e Armando Monteiro Neto (PTB), em ascensão, 30%.

Como a margem de erro é três pontos porcentuais, Maciel e Monteiro estão em empate técnico. Mesmo assim, o senador “demo” parece cada vez mais ameaçado pelo petebista. Heráclito Fortes está pior: pesquisa do Instituto Amostragem o coloca em quarto (23,04%), atrás de Wellington Dias (PT, com 61,65%), Mão Santa (PSC, 32,63%) e Ciro Nogueira (PP, 25,24%).
Tasso

Para o cientista político do IBPS, o mau desempenho na disputa para o Senado se dá em um quadro mais amplo de recuo nos votos oposicionista. "Acho que vamos assistir a uma vitória esmagadora dos partidos da coalizão do governo", disse. "PSDB e DEM ficarão restritos a poucos Estados."

Senador de vários mandatos e áspero crítico do governo Lula, Tasso Jereissati (PSDB-CE) ainda lidera, mas caiu quatro pontos na última pesquisa Datafolha. Na briga pelo segundo, estão Eunício Oliveira (PMDB), com 34%, e José Pimentel (PT), com 31%. Mesmo Jereissati, porém, depende em parte do prestígio governista: tem a ajuda do grupo político de Ciro Gomes, irmão do governador Cid Gomes (PSB), que apoia Dilma.

Da Redação do portal vermelho, com informações do O Estado de S.Paulo
Edvaldo, o senador da Educação



Mais uma vez os educadores assumem a linha de frente em defesa dos avanços conquistados para o ensino público do Acre. Na noite de quinta-feira, 1.500 professores, diretores de escolas, supervisores, coordenadores pedagógicos e outros colaboradores da Educação atenderam ao chamado do governador Binho Marques e firmaram compromisso de honra com a eleição de Dilma presidente, Tião governador e Jorge e Edvaldo senadores.

O governador Binho Marques disse que os professores acreanos, em sua grande maioria, nunca faltaram quando convocados a decidir pelo bem do Acre: “estamos diante de verdadeiros líderes da educação e que agora, com a eleição de Tião, Edvaldo e Jorge, vão garantir que a nossa Educação fique entre as cinco melhores do país”.


Edvaldo Magalhães, que é professor e ex-presidente do Sinteac, teve atenção especial: foi recebido como senador da educação, com apoio firme da maioria dos diretores de escola da Capital. Almerinda Cunha, ex-presidente do Sinteac afirmou: “a eleição de Edvaldo é uma causa de honra da nossa categoria”.


Jorge Viana se emocionou ao lembrar que, antes de chegar ao governo, conheceu estudantes na comunidade do Icuriã, entre Assis Brasil e Sena Madureira, que repetiam vários anos a 4ª série porque não havia como continuar os estudos. “Hoje, 12 anos depois, algumas daquelas crianças estão fazendo pós-gradua-ção. Esse é o reflexo de uma revolução que vem sendo feita na educação, comandada pelo Binho, e que tanto o Tião como o Edvaldo me ajudaram a fazer”, disse Jorge Viana.


Os padres acreanos declararam solidariedade à Frente Popular por causa dos ataques que a Tião e Jorge Viana, Edvaldo Magalhães e sua esposa Perpétua Almeida vêm sofrendo. “A gente conhece a história de vocês e lamenta profundamente o que está acontecendo. É muito triste a utilização de um espaço destinado ao debate político para ataques”, disse o padre Máximo Lombardi, em referência aos programas de TV dos adversá-rios da FPA.


Música do dia

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Ibope - Serra cai mais 2. pontos. Dilma continua na liderança





A mais nova pesquisa Ibope, divulgada pelo Jornal Nacional, a Dilma aparece c0m 51% das intenções de voto - mesmo percentual da pesquisa anterior.

José Serra caiu dois pontos - passou de 27% para 25%. Marina Silva cresceu 3 pontos - foi de 8 para 11%.

A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Música do dia

O golpismo da direita e a fragilidade das instituições



Em seu desabrido galope rumo ao nada, para usar a expressão de um prestigiado analista político, a oposição levanta poeira e, na iminência do desastre, sonha com uma saída golpista.

Este foi o tom da manifestação recente do ex-presidente tucano, Fernando Henrique Cardoso que, repetindo suas insistentes acusações de autoritarismo contra o presidente Lula, pediu uma "consulta ao STF [Supremo Tribunal Federal] porque, se você não tiver instrumentos para conter essa vontade política, fica perigoso”.

A oposição neoliberal, repetindo os mesmos procedimentos que a direita sempre usou, embandeira-se com a expressão "instituições em frangalhos" já usada contra Getúlio Vargas, levando-o ao suicídio em agosto de 1954, e contra João Goulart, dando a senha para o golpe militar que rasgou a Constituição e afastou o presidente do cargo em 1964, abrindo o ciclo dos generais presidentes que durou até 1985.

Vem desde o início do primeiro mandato do presidente Lula a pregação de Fernando Henrique Cardoso contra a estabilidade das instituições. Ela está registrada em inúmeros artigos publicados no jornal O Estado de S. Paulo. Neles, sinalizou a virulência do ataque da direita contra Lula quando advertiu seus pares para não recuarem nem mesmo na eventualidade de uma ruptura institucional. A alternativa para o golpe seria, alertou em um daqueles textos de 2005, Lula desistir de concorrer à reeleição. Isso não aconteceu, e o dirigente tucano continuou a cantilena golpista insistindo na exigência de apuração das denúncias do chamado mensalão e na punição de seus responsáveis. Até aí nenhuma novidade: era o que também queriam as forças políticas avançadas, inclusive o presidente Lula.

Mas o alvo de FHC era o próprio mandato presidencial e a quebra de sua continuidade. Defendeu que, em caso de crime de responsabilidade (aquele cometido pelo chefe do executivo) ou quebra de decoro parlamentar, "sigam-se as regras estabelecidas na Constituição com todas as conseqüências. Não tergiversemos nem inventemos alternativas descabidas", escreveu ele, invocando o golpe para afastar Lula do Palácio do Planalto.

Nada disso ocorreu. Lula foi reeleito, continuou o processo de mudanças iniciado em 2003, iniciou a imensa escalada na aprovação da opinião pública e deixou a oposição às voltas com seus fantasmas restauradores de um passado que vai sendo varrido do cenário político. Mas FHC continuou com sua ladainha, chegando, em novembro de 2009, a acusar o governo e o presidente de um "autoritarismo popular"!

Enquanto o país superou a crise econômica, retomou o crescimento e a criação de empregos, a oposição incitou acusações atrás de acusações na busca de uma crise para encurralar o governo. Esse percurso foi acirrado quando, mal iniciada a campanha eleitoral deste ano, seu candidato, o tucano José Serra, minguou e a candidata das forças de esquerda, Dilma Rousseff, revelou um desempenho que a arrogância oposicionista não esperava, disparando para uma larga liderança nas pesquisas de opinião.

As democracias baseiam-se em um dogma cívico que não pode ser atacado: o respeito à vontade popular, expressa no sistema político adotado por países como o Brasil, através do voto. Este respeito é o critério fundamental para a chamada "estabilidade das instituições", uma expressão que fica vaga se não houver uma definição de seu significado.

A direita e os conservadores acusam as instituições de frágeis quando seu poder político é ameaçado pela soberania popular. Neste sentido, fortalecimento das instituições significa, para eles, a imposição de regras para impedir a mudança e o avanço. E que garantam o sacrossanto "respeito aos contratos" e ao direito de propriedade. É o que disse o Nobel de Economia norte-americano Douglass North numa entrevista à Veja, em 2003: ao usar a palavra instituição, "refiro-me a uma legislação clara que garanta os direitos de propriedade e impeça que contratos virem pó da noite para o dia".

Para os trabalhadores, os democratas e os setores progressistas, o significado de instituições fortes vai além daquela definição favorável a uma estabilidade que só protege o capital. Ela significa também o respeito às regras e às liberdades democráticas, à decisão das urnas nos embates eleitorais, às leis que protejam o povo, os trabalhadores, a economia e a nação. Instituições fortes significam, nesse sentido, a condenação de todo golpismo que desvirtue resultados eleitorais para impor ao país programas políticos e econômicos que, como o programa neoliberal, condenados em sucessivas eleições. E cuja impopularidade ganhou um símbolo exatamente na figura do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. É significativo que a própria oposição esconda sua imagem na propaganda eleitoral tentando minimizar o desastre eleitoral. Impedido dessa forma, por seus próprios correligionários, de frequentar os palanques, ele prega o golpe e o enfraquecimento das instituições.

A eleição deste ano é a sexta em que, desde o final da ditadura militar, os brasileiros escolhem o presidente da República, além de deputados, senadores e governadores. A mera continuidade deste processo, que é o mais longo em nossa história pois já dura 21 anos desde a eleição de 1989 (no período da Constituição de 1946, foram 14 anos entre de eleições presidenciais diretas, de 1946 a 1960), demonstra que, apesar dos arreganhos da direita, as instituições democráticas no Brasil evoluem, apesar de todas as artimanhas dos líderes conservadores para preservar um poder que os eleitores já não reconhecem.
Fonte *Portal Vermelho