domingo, 7 de junho de 2009

Coisa de pele. Explicamos o inexplicável: o que é a famosa química

Química. Se olhar no dicionário, não tem - pelo menos no sentido que estamos falando. A maior parte das pessoas se atrapalha ao tentar explicar o que é, mas, felizmente, já sentiu a tal da química estando na presença de alguém especial. Os sintomas mais frequentes são taquicardia, arrepio dos pelos do braço, suor, mãos geladas. É o anúncio de que o beijo vai encaixar - depois braços, pernas e o corpo inteiro debaixo dos lençóis. Entenda como funciona esse negócio de química.

Para começo de conversa, falamos com o psicólogo e sexólogo Job dos Reis. Ele explicou que nós, seres humanos, carregamos nos genes informações ligadas a comportamentos primitivos essenciais à preservação e melhoria de nossa espécie. "Isso explica nosso comportamento em situações quando apenas visualizamos uma pessoa e já sentimos um forte desejo, sem ter trocado sequer uma palavra com ela", afirma Job, sinalizando que nesse momento entram em ação os feromônios. "A palavra ‘feromônio' vem das palavras gregas ‘phéro e ‘hormôn', que juntas significam ‘trazer excitação'", explica o sexólogo.
Na fase da atração ou da paixão romântica perdemos a capacidade de pensar racionalmente

Contudo, ter uma química boa não é determinante para começar ou terminar um relacionamento. "Como seres racionais (pensantes) não somos guiados apenas por instintos. Em algum lugar do nosso subconsciente existe um modelo de parceiro ideal para o amor", pondera. Job ressalta que feromônios, aparência física e a idéia do que buscamos em um parceiro, aliados aos hormônios testosterona e estrogênio, são fatores importantes para definir nossos desejos: "São estas substâncias químicas que criam o desejo de experimentar o ‘amor'".

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Segundo Job, na fase da atração ou da paixão romântica perdemos a capacidade de pensar racionalmente. "Não somos capazes de enxergar os defeitos do outro, o idealizamos e sentimos frio na barriga e aceleramento do ritmo cardíaco. Tudo isso faz parte da nossa bioquímica, ou seja, da dopamina, norepinefrina e feniletilamina", define o sexólogo.

Entenda:
Dopamina - Considerada o "elemento químico do prazer", produz a sensação de felicidade. - Norepinefrina - Semelhante à adrenalina, provoca aceleração dos batimentos cardíacos coração e excitação.

Juntas, as duas substâncias provocam, entre outras coisas, hiperatividade e falta de sono. "Isso explica porque as pessoas ficam tão focadas no relacionamento e deixam de lado todo o resto", exemplifica Job.

Quando a temperatura aumenta, chega a hora do sexo. "As substâncias importantes nesta fase são a oxitocina, a vasopressina e a endorfina, que são liberadas quando fazemos sexo", explica Job.

Entenda:
Oxitocina - Hormônio que está associado à habilidade de manter relacionamentos interpessoais e laços psicológicos saudáveis com outros indivíduos. "Ao ser eliminada durante o orgasmo, ela começa a criar um laço emocional: quanto mais sexo, mais forte o laço", explica Job.
- Vasopressina - Hormônio antidiurético, é outra substância associada à formação de relacionamentos duradouros e monogâmicos.
- Endorfina - Garante a sensação de bem estar e segurança

Tais hormônios fazem com que o relacionamento dê mais um passo: você começa a enxergar os defeitos do outro - droga! "Você fica se perguntando por que ele mudou. Na verdade, ele provavelmente não mudou nada: é você que agora consegue enxergá-lo racionalmente, sem o filtro dos hormônios do amor cego e apaixonado", ensina Job, sublinhando que, nessa fase, ou a relação se consolidou ou simplesmente termina. Leia mais em Bolsademulher.
Bom Domingo.




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